Às vésperas do Dia dos Namorados, o Sindiflores enviou novo ofício à Prefeitura de São Paulo pedindo mais fiscalização contra o comércio irregular de flores na cidade. Para a entidade, a concorrência "desleal" com camelôs acaba prejudicando o setor.
O Sindiflores diz que vem reivindicando maior controle da administração pública há cinco anos, sem retorno. As datas mais expressivas para a venda de floricultores são o Dia das Mães, dos Namorados e Finados.
"Sempre mandamos ofícios com as reclamações e os endereços exatos dos pontos irregulares, muitos deles que existem há anos, mas a resposta que temos é que o fiscal não viu nada. Tem lugar que você acha até no Google Maps", diz Edison Alexandre, presidente do Sindiflores.
Segundo o sindicato, as atividades —também impactadas pela venda de grandes supermercados— encolheram 35% nos últimos dois anos. De 6.000 floriculturas, hoje restam pouco mais de 4.000 no estado. O faturamento, diz a entidade, caiu quase 50%: de R$ 40 mil, em média, por mês, passou para R$ 20 mil.
"O floricultor tem que pagar funcionário, aluguel e manutenção da loja, impostos. E flor não é um bem de primeira necessidade, é uma coisa que as pessoas cortam logo que as contas começam a apertar, que é o caso da situação do país. Não está fácil", aponta Edison.
OUTRO LADO
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, diz que recebeu os ofícios e enviou o pedido de fiscalização às regionais para intensificar o combate ao comércio irregular em datas comemorativas.
"Um dos objetivos do Programa de Metas 2019/2020 é a ampliação e qualificação das ações de fiscalização de comércio ilegal nas ruas do centro, Brás, Zona Cerealista, Avenida Paulista, além de jogos e eventos", afirmou a pasta, em nota.
A Prefeitura diz ainda que pretende contratar 100 equipes de combate ao comércio irregular, com 10 pessoas cada, num investimento de R$ 129,6 milhões.
Fonte: https://bit.ly/2HKHrNy