Durante muitos anos me vi formulando planos para alcançar objetivos e buscando formas diferentes de alcançá-los, como você também. Tantas vezes consegui, outras tantas não.
Fico pensando em pessoas que passam por situações semelhantes. Ou aquelas que estão buscando um emprego, ou aquelas que buscam suas metas na empresa, ou aquelas que querem fazer com que suas empresas cheguem a determinado objetivo ou ainda aquela pessoa que já alcançou o que queria e hoje busca recuperar o relacionamento familiar.
Em todos os casos os desafios são enormes e nada do que usaram no passado servira agora (porque se servisse já teriam resolvido…)
Dai, resolvi compartilhar um modelo que uso atualmente e que acho que pode ajudar a todos esses casos.
DEFINA SEU IKIGAI PARA O ASSUNTO (ADAPTE DO MODELO ABAIXO) E CRIE UM PLANO DE ACAO PARA CHEGAR LA
CONSELHO 1 – Isso envolve ler o cenário, planejar, determinação, resiliência e um processo continuo de reavaliação até que se chegue ao resultado. O desafio é manter-se motivado para a jornada!
SAIBA COMO AS PESSOAS TE DEFINEM
CONSELHO 1
A professora da Harvard Business School, Amy Cuddy, estuda as primeiras impressões ao lado de suas colegas psicólogas Susan Fiske e Peter Glick há mais de 15 anos, e descobriu padrões nessas interações.
As pessoas respondem rapidamente a duas perguntas quando o conhecem pela primeira vez:
Posso confiar nessa pessoa?
Posso respeitar essa pessoa?
Os psicólogos se referem a essas dimensões como calor e competência, respectivamente, e idealmente você quer ser percebido como tendo ambos.
Curiosamente, Cuddy diz que a maioria das pessoas, especialmente em um contexto profissional, acredita que a competência é o fator mais importante. Afinal, eles querem provar que são inteligentes e talentosos o suficiente para lidar com seus negócios.
Mas, na verdade, o calor, ou a confiabilidade, é o fator mais importante em como as pessoas avaliam você.
Faz sentido quando você considera que em dias de homens das cavernas era mais importante descobrir se o seu companheiro ia te matar e roubar todos os seus bens do que se ele fosse competente o suficiente para construir um bom fogo.
Mas enquanto a competência é altamente valorizada, Cuddy diz que ela é avaliada somente depois que a confiança é estabelecida. E se concentrar muito em mostrar sua força pode sair pela culatra.
Assim, se você se acha competente quanto ao assunto em pauta, mas não recebe aquilo que acha que merece (atenção, reconhecimento, companhia, remuneração, crescimento ou qualquer outra coisa que seja), estamos exatamente com um dos problemas:
- Você não gerou “calor” (confiança) para ser conhecido;
- Você gerou “calor”, mas sua competência no assunto não é realmente como você imagina
CONSELHO 2 – dedique algum tempo na semana para alimentar suas redes sociais (no caso de desafio profissional), compartilhando algo relevante (conhecimento) e não fazendo autopropaganda. Dedique algum tempo para networking, se for dono de um negócio, para prospectar eventuais parcerias, obter informações inesperadas ou simplesmente trocar experiencias. Dedique tempo a relacionar-se com sua família, presencialmente e sem celular (crie a agenda do casal). E nunca desperdice uma chance de fazer um agrado a alguém, mesmo que estranho, porque essas chances aparecem inúmeras vezes durante o dia. COLOQUE EM PAUTA UM POUCO DE “DESPERDÍCIO DE TEMPO”
MELHORE SUA CAPACIDADE DE CRIAR CONVENCIMENTO
CONSELHO 3 A – SOBRE CONVERSA DE BAR
Em primeiro lugar vamos definir do que o assunto realmente se trata. Para muita gente, tudo é importante e demonstrar a opinião pessoal sobre o assunto é fundamental. Isso é um grande erro.
Vivemos a era da intolerância e assim, muito relacionamento importante (de família, de amizade, de trabalho ou ate de casal) se rompem devido a verdades pessoais inconciliáveis para assuntos que chamo de “CONVERSA DE BAR”.
As conversas de bar não acontecem somente na hora do happy hour ou no dia daquele aniversario. Elas podem acontecer na troca pelas redes sociais, dentro de outra conversa, mas importante ou em um momento que o assunto entra distraidamente dentro da pauta sem que nenhuma das partes tenha planejado.
Sem que se perceba temos o caos formado e como todos estão com os nervos a flor da pele, o embate começa fácil e se torna drástico sem esforço.
Bom, conversa de bar é aquilo que na verdade não vai trazer grandes consequências para sua vida, se você se mantiver omisso quanto ao assunto. Sacrifique sua opinião em prol do relacionamento por vezes significa ter uma vida mais saudável, pois não conseguiremos viver sem se relacionar.
CONSELHO 3 B – E SE NÃO FOR CONVERSA DE BAR
Bom, caso o assunto seja tema de uma discussão já pretendida, há uma grande decisão a ser tomada, você depende da outra ou mesmo que o assunto surgiu do nada mas você sabe que ele se relaciona com algo importante para você, então temos que trata-lo de forma diferente...
Estude em profundidade o assunto (saia do lugar comum para formular sua opinião, veja o cenário mais amplo, considere o impacto de sua sugestão em relação a reação dos envolvidos em colocar a ideia em prática, foque em efetividade) - nem sempre o caminho reto é o mais rápido...).
Faça isso antes do momento marcado para discussão do mesmo, ou faça momentos de reflexão sobre o assunto, para que quando surgir você esteja preparado para tratar o mesmo com mais inteligência.
Opiniões embasadas permitem que você crie convencimento, nem sempre pelos argumentos, mas certamente pelo storytelling.
CONSELHO 3 C – SOBRE STORYTELLING COMO ÚNICA FERRAMENTA PARA “TENTAR” FOMENTAR A MUDANÇA DE OPINIÃO NO OUTRO
As pessoas tendem a ficar entrincheiradas em suas opiniões. Hoje em dia isso é uma questão de dignidade, de garantir sua personalidade em um mundo caótico e despersonalizado. É UMA FORMA DE DEFENDER SUA INDIVIDUALIDADE!
Dito isso, por vezes argumentos não resolverão a contenda e você não conseguira mostrar a racionalidade de uma sugestão (considerando que ela realmente seja ganha/ganha).
Uma forma magica de romper com esse bloqueio é transformar sua proposta em uma narrativa, uma estória, ou, usando um tema mais charmoso – usar o “Storytelling”.
O QUE É UMA ESTORIA FORTE?
Considere que você usou aquele tempo de reflexão pessoal para estudar o assunto, considerou no só a melhor solução para o problema, mas a reação das pessoas para aquela solução e assim estabeleceu uma forma mais viável de colocar a solução em prática (que nem sempre é uma linha reta, como já dissemos).
Para você “construir” essa apresentação de forma mais persuasiva para a outra parte (e vale reforçar que não estamos falando de manipulação, mas de possibilitar que o outro avalie sua ideia livre das barreiras de resistência que usamos no dia a dia), você precisara de uma estória forte.
Ela tem alguns momentos importantes – CONTEXTUALIZAÇÃO, PROVOCAÇÃO, RELAÇÃO CAUSA/EFEITO, DESAFIOS E FINALMENTE BENEFICIO
Ela deve ajudar a outra parte a se conectar com um cenário futuro (SOMBRA DE FUTURO) e deve colocá-las no contexto de sua própria visão de jornada.
Se tem alguma forma de leva-la a mudar de opinião, será através dessa narrativa.
Espero que esses conselhos sejam uteis para vocês, como tem sido para mim.
AUGUSTO AKI