Segundo a FecomercioSP, setor de serviços deve fechar 2018 com faturamento de R$ 344 bilhões, 15% acima do registrado no ano anterior
São Paulo, 18 de janeiro de 2019 – No dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 465 anos com expressiva melhora econômica. Responsável por 11% do produto interno bruto (PIB) do País, com R$ 687 bilhões, segundo dados de 2016 do IBGE, a cidade segue como a economia mais importante do Brasil.
A trajetória positiva dos indicadores produzidos mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) reforçam a expectativa otimista para 2019 e a retomada da economia. De acordo com a projeção da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) da Entidade, o segmento deve encerrar o ano de 2018 com faturamento de R$ 344 bilhões aproximadamente, 15% acima do registrado no ano anterior. Sobre o comércio, a cidade de São Paulo deve faturar R$ 217,3 bilhões neste ano, 3% acima do visto no ano passado, segundo projeções da FecomercioSP. Essa quantia representa 30,5% de tudo o que se vende no Estado – o equivalente a dizer que o comércio deve vender R$ 6.570 por segundo ou R$ 568 milhões por dia.
Segundo cálculos da Federação, na conversão para o dólar referente ao ano de 2016 (R$ 3,48 para cada dólar, segundo o Banco Central) o PIB paulistano chega aos U$ 197,5 bilhões, ou seja, se São Paulo fosse um país, seria a 50ª economia do mundo, entre o Vietnã e a República Checa. Entretanto, essa colocação já foi melhor: 36ª em 2010, mas com o processo de desvalorização do real ao longo dos últimos anos, São Paulo foi caindo no ranking hipotético.
Vale ressaltar que o PIB da capital paulista é duas vezes maior do que a segunda colocada, o Rio de Janeiro (R$ 329,5 bilhões) e equivalente a 93% das quatro colocações seguintes (Rio, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba). Além disso, o PIB de São Paulo é quase quatro vezes maior do que a soma das capitais da Região Sul (R$ 176 bilhões).
Turismo
O turismo é outro segmento relevante para cidade. As empresas ligadas ao setor nas áreas de hospedagem e eventos podem ter faturado R$ 7,65 bilhões no ano passado, um crescimento real anual de 14%. Segundo um estudo recente da Expedia, site de demandas de voos, São Paulo está na 18ª colocação de destinos populares de negócios do mundo, o único da América do Sul. De acordo com outro estudo, o Índice de Destinos Globais, da MasterCard, a capital paulista é a única do País que está na lista das dez mais visitadas na América Latina, com 1,92 milhões de visitantes estrangeiros, que movimentam U$ 1,35 bilhão. Os turistas permanecem, em média, 10,8 noites, o que gera um gasto médio diário de U$ 61.
Além disso, a capital paulista é destaque no segmento gastronômico: são 15 restaurantes que estrelam na lista do Guia Michelin do ano passado, sendo dois deles com duas estrelas.
Contudo, para a presidente do Conselho de Turismo da FecomecioSP, Mariana Aldrigui, as informações sobre as relevâncias econômica e social do setor de turismo ainda são confusas e pouco articuladas, e muitas pessoas se prendem aos exemplos mais genéricos e estereotipados. “Cidades que se utilizam de dados confiáveis e estratégias integradas de desenvolvimento urbano, em que ações pró-turismo integram todo o plano de governo, já obtiveram resultados impressionantes e que melhoram a qualidade de vida do residente. Reconhecer o papel do turismo é muito mais que realizar ações de promoção, e somente com mais compreensão sobre o setor é que os resultados aparecerão de forma consistente”, enfatiza.
Novos tempos
A capital continua a ditar tendências. Os aplicativos de compartilhamento, por exemplo, estão mudando a dinâmica da cidade. Só uma empresa de aluguel de bicicleta, que iniciou as atividades no último trimestre do ano passado, registrou 1 milhão de corridas. A proliferação dos aplicativos de transporte, entrega e compras conseguem gerar mais oportunidades profissionais, reduzir o número de veículos na rua, inserir mais pessoas nos espaços públicos, criar mais tempo para as famílias ficarem juntas, entre outros tantos benefícios sociais que se iniciam em São Paulo e se proliferam para outras capitais.
Para a FecomercioSP, com essa realidade econômica, também sendo a mais segura entre as capitais do Brasil, São Paulo tem um papel fundamental neste novo cenário, de crescimento nacional mais forte e sustentável, sendo o trator que puxará a geração de mais empregos com distribuição de renda e dará melhor qualidade de vida à população.
Outros números
A Federação destaca ainda algumas curiosidades sobre a grandeza da economia paulistana. O PIB da capital equivale, por exemplo, a 688,4 milhões de salários mínimos de 2019 (R$ 998). Representa também a soma de 2.271 prêmios da Mega-Sena da Virada (R$ 302,5 milhões) e 856 vezes a soma dos patrimônios dos dois candidatos mais ricos da última eleição: João Amoedo e Henrique Meirelles (R$ 802,5 milhões).
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro – gerando em torno de 10 milhões de empregos.