Entidades representativas do comércio e de diversos outros setores produtivos publicam, com o apoio do Sindilojas-SP, manifesto repudiando a Medida Provisória aventada pelo governo federal, que altera as regras do uso de crédito do PIS e da Cofins, atingindo diversos setores da economia.
Para as entidades signatárias do manifesto, como a CNC, que integra o Sistema Confederativo do Comércio, juntamente com o Sindiflores, a MP 1227/24 possui mero e exclusivo objetivo de arrecadar mais tributos dos contribuintes brasileiros, não havendo, por parte do governo federal, uma preocupação mínima em adotar medidas que reduzam despesas.
A consequência disso, conforme ressalta o manifesto, é a diminuição da competitividade dos produtos brasileiros, além de ameaçar a saúde financeira das empresas, os empregos, os investimentos e o aumento da insegurança jurídica, causando reflexos prejudiciais à inflação do país.
O documento também enfatiza que diversos setores da economia nacional foram duramente atingidos por mais uma medida que revela a falta de diálogo por parte do governo federal com aqueles que produzem e geram emprego no país, exigindo, dessa forma, após consultas a federações, sindicatos, empresas, entidades diversas e cooperados, a devolução/rejeição da referida proposta pelo Congresso Nacional.
O que é a MP 1227/24?
Sob a alegação da necessidade de obter mais receitas e compensar a renúncia fiscal de R$ 26,3 bilhões da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores intensivos em mão de obra e dos municípios, o governo federal enviou ao Congresso a referida Medida Provisória que tem dois eixos, conforme abaixo:
Diálogo
Conforme informação publicada pelo “Valor Econômico”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu, em entrevista coletiva recente, que a MP tem caráter “saneador”, “abre um processo de discussão” e que vai “sentar para conversar” com o Congresso, sinalizando que a pasta está disposta a considerar hipóteses e alternativas.