FecomercioSP representando todos sindicatos do comercio paulista, pleiteou, ao lado da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), levaram ao Palácio dos Bandeirantes, após várias reuniões realizadas ao longo da semana, as medidas fundamentais para dar início à importante retomada econômica do Estado em um momento turbulento como o atual, ainda que ela demore meses para se consolidar.
Em primeiro lugar as entidades pediram que o Executivo paulista suspenda urgentemente o pagamento dos tributos estaduais por três meses, permitindo ainda a possibilidade que eles sejam compensados, no futuro, por meio de linhas de parcelamento e considerando as diferenças entre os regimes de tributação.
Até agora, o mais próximo disso foi a dilação do vencimento da parcela do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devida pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, que foi prorrogado por duas vezes entre 2020 e este ano.
Em segundo lugar, pediram que o governo elabore um parcelamento dos tributos estaduais em até 120 vezes, incluindo os débitos vencidos e os parcelamentos em curso, considerando também descontos sobre os juros e as multas, além de uma carência de 180 dias para o início efetivo do pagamento. Medida semelhante foi adotada, inclusive, por Estados da União espalhados por todas as regiões.
E, em meio a um contexto de preços inflacionados, apesar da decisão acertada do governo paulista em reconsiderar o aumento das alíquotas do ICMS sobre a carne e revogá-las para o leite pasteurizado, no caso de contribuintes enquadrados no Simples Nacional, ela não foi suficiente: a mudança tributária, para ser efetiva, deve se estender a todos os contribuintes que foram atingidos pela nova carga de impostos no início do ano, e não apenas empresas do Simples Nacional.
Mais do que isso: o pleito é para que o chamado “pacote de ajuste fiscal”, aprovado em dezembro de 2020 – ao lado de quatro decretos que aumentaram a carga tributária de vários segmentos –, seja revogado, mantendo agora apenas os benefícios fiscais já vigentes. Esse pedido tem sido feito de maneira recorrente ao longo dos últimos meses – e reforçado, agora, ao governo.
Todos os pedidos foram apresentados, durante as reuniões, ao secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles – e eles foram reforçados na última quinta-feira com o envio de um ofício ao governador João Doria.